18.10.05

Enfim, otimismo


O mundo desabava como se fosse pela primeira vez.
O mundo acabava aos poucos, e era tudo que percebia. Como se perceber fosse uma razão que tanto procurava. Perceber era só saber, só dor, e nada mais. E como masoquista desencaminhado se aventurava em viver. Aventurava pois depois de muito tempo e de muitas vezes era um conselho que se sugeria como sol vacilante que ainda sim nasce e se cumpre. E ao se cumprir um conselho, não há dúvidas. Era melhor ter que se aventurar do que adiar a bifurcação. E era isso que sempre fazia: analisava sem aventurar-se: adiava. E não era. Então pusera o tempo a passar e o mundo caía, rápido demais. E não haveria como ter o espasmo de tudo. Porque cair é muito rápido e acelerado. E sem saber dessa qualidade das coisas de cair, não pudera. Quando apenas observava não previa o furto das coisas sem que ainda as tivesse. Foi uma bifurcação enorme, e literal. Depois se seguiram muitas outras enormes e literais, mas nunca de caminhos opostos.
Enfim, otimismo.

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