No Fundo
- Leonardo Assaf
No fundo sempre resta,
da panela o almoço de hoje
o que pode ser aproveitado mais tarde
se a vontade for a mesma
No fundo sempre resta
da garrafa de pinga, uns três dedos
que amanhã me leva o cansaço embora.
No fundo sempre resta
de uma música guardada na memória
que enriqueça de delírio um momento
dedicado a mim.
No fundo sempre resta
da insonia, a solidão necessária
pra pensar que o pouco que sobrou
pudesse preencher o muito que faltava.
No fundo sempre resta,
da panela o almoço de hoje
o que pode ser aproveitado mais tarde
se a vontade for a mesma
No fundo sempre resta
da garrafa de pinga, uns três dedos
que amanhã me leva o cansaço embora.
No fundo sempre resta
de uma música guardada na memória
que enriqueça de delírio um momento
dedicado a mim.
No fundo sempre resta
da insonia, a solidão necessária
pra pensar que o pouco que sobrou
pudesse preencher o muito que faltava.
1 Comentários:
Poesia bonita.
No fundo, sempre resta alguma coisa.
Algo de lembrança, de saudade, algo do que pode ainda ser..
Conheço o filme, muito bom por sinal.
Aquela cena quando "cai a ficha" da mulher na banheira, e ela desenha o corpo inteiro é linda demais.
Tem um outro que segue uma linha semelhante chamado "O segredo", muito bom também.
Um beijo, luz e amor pra gente. :)
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