O velho sentado em seu banco, ele sorri para as pessoas e pergunta com os olhos, " por que voces correm tanto?" se na verdade quem fecha as portas do dia não são voces, nem o sol, nem a lua, e muito menos o boteco da esquina... E o velho espera pelo menos o circo passar, com palhaços soltando bolhas e sujando as ruas com pipocas para os pombos... Buzinas? só se forem cornetas de abre alas para anunciar a chegada da banda marchinhas, marchinhas... chega a moreira cesar o engarrafamento de tambores
O velho acorda, acorda sorrindo, pois tudo isso ja foi verdade no tempo da mocidade... embaraçosa saudade, embrulhada dentro do seu coração, no céu da boca empapuçada com bala de coco e pé de muleque logo agora que tens um lindo netinho, que dia após dia sorri com vitrines de brinquedos que quebram logo, há ainda a esperança de que usem gravetos fortes para fazerem estilingues...
Léozão (Macabu) é um grande amigo. Quem quiser mais desse pial surpreendente Trem-das-onze Essa foto aí em cima é uma escultura feita durante a aula por um amigão meu da faculdade, o Rafael. Interessante é que além de não ter nada pra fazer na aula esse cara usou a sua borracha para erguer esta obra.
Um degustador de mundos foi pego de novo o trancafiaram dentro d'um ovo Houve uma gritaria e uma correria ninguém jamais soubera quem houvera posto o ovo
Houveram poucas razões para voltar a crer num submerso tribunal com pressões e risadas ao fundo
Quem é o sócio? Sócio-econômico? Sócio-cultural, sócio-social? E já são planos, são mantos Uma batedeira quase tradicional Brasil - o saco de gatos Sem adjetivos no plural
A burocracia num prato de doce desonesto A gente que zomba sem vergonha
O povo da janela Dentro dum ovo Uma gema redonda Uma casca ovalada Como se fosse o De Novo
Papéis espessos demais para uma atuação formal Sem saber ainda onde as falas se encaixam E muito trabalho pra dizer Não lembro tudo não fecho o zíper Eu toco o mundo do chão do meu apartamento O mistério de uma tela que é toda azul Ela é a alma do mundo acontecendo e ela não é TODA azul
Um cidadão lá embaixo, respeitado da toca de sua casa ele tem um cachorro Mas nunca vira sequer uma aranha mijando
O vento tá borbulhando bem longe Uma música digital delirante pra mais uma noite estar feita às vésperas do tempo Eu toco o mundo do chão do meu apartamento
O mundo só acaba quanto as TVs dormirem entediadas