24.7.05


As voltas de onde cai o balão
Uma volta de ciranda
Em torno de um alvo
Encenando uma dança
Rodando e cantando
Pra quem tá na boneca
Pagar o pecado
Empréstimo e hipoteca
Era salgado
Quem me dera
Que um macaco
Que não tem colírio
Usasse óculos
É lógico, lógico
Pura lógica, saca?
Não existe problema ilógico
Por isso só tem macaco
No zoológico

18.7.05

"tanto tempo pra pensar, mas no meio da correria eu acho que não deu"




Era uma vez uma formiguinha que vivia no alto de uma montanha.
Um belo dia a formiguinha se casou com um elefante.
A formiguinha morreu na lua de mel.

6.7.05


- da Björk

you'll be given love
you'll be taken care of
you'll be given love
you have to trust it

maybe not from the sources
you have poured yours
maybe not from the directions
you are staring at

trust your head around
it's all around you
all is full of love
all around you

all is full of love
you just aint receiving
all is full of love
your phone is off the hook
all is full of love
your doors are all shut
all is full of love!

all is full of love
all is full of love
all is full of love
all is full of love
all is full of love
...

5.7.05

paistéis

Eles me criaram Me cresceram Me botaram Como quem bota um ovo Me cuidaram Como se cuida d'um ovo E eu nunca fui outra coisa Senão uma bomba, como é o'vo Qual é minha cor? Eu parava de pensar e ia seguindo com uma música que rimava Eu tinha brinquedos Na minha vida tudo eram brinquedos E uma realidade De mentira Como era na verdade Mas sem saber eu ganhara deles Por não saber e somente assim ter O quê E na esperança Entrementes Os aliados se aliam a todos os lados lado a lado São uns muros Em volta de mim Uma galinha Eu eu eu eu Mas numa imprudência Eu era sem ruídos Desperdicei mas nem liguei Deixei de estar algumas horas Mas eu estava em outro lugar Eu me deparei com o muro E sabia o que era E repetiram como se eu não soubesse Mas eu já havia escrito antes Ha! Deveria voltar pra terminar de ver o jogo Mas já era tarde e queria sempre ver um pouco mais Não perdi tanta coisa assim Só o calor do mundo se transformando Como se derretesse Frequenta Esquenta Emenda Ementa Para e tenta De novo Não aguenta Nunca Perdia Aguentava Que vencia Só achava Pra viver e TODO dia

4.7.05

"é tudo flagrante..."


O que há de mais direto num diálogo
O que ninguém nunca foi
Somente a voz no espetáculo
dá até pra fazer um filme depois
Não! Como se o personagem do nada
não tivesse cabeça
Praia bem deserta! é essa
que a noite não amanheça
Um luau divertido à beça
Onde se louva deuses loucos
e somos os deuses novos
Só que sem cabeça
que não amanheça
A humanidade foi prever
se arrependeu de saber
agora não quer nem ver
não quer o amanhecer
não quer a areia
cheia de restos
agente constrói por cima
cala o protesto
com fogo
que não é da lamaprina
tá ganho outro jogo
feita outra obra prima
e o sol se pôs
bem por trás dessa cortina
não arrependo
o dia se foi
mas valeu a pena
quem morreu se foi
deve ter valido
minha alma se foi
nada mais valia
se valia a pena
eu não sabia
não pagaremos pena
então quem liga?

Maria II


Então essa é a outra parte que eu disse. Tava só precisando de um empurrãozinho. Obrigado. Aí vai a verdade, woo woo!


As cores são como as de coisas em livros
Pois agora! agora Maria recebe telefonemas
Mas discutia tão poucos temas: Maria era uma tema

Falou então com seu ao lado amigo
Já nem tocava antes a campainha
Tinha a chave reserva, ela Maria
Historiaram, woo woo! e deram boas risadas
Maria sabia que tinha gente que não sabia
Sabia quando achavam que era clichê o que fazia
Já pensou se pagasse esse mico!? eu morreria

Mas ela já era soma dessa matemática do ô
Que ninguém entendeu
Não falou por muito tempo ou morreria
Era franca, e por que não o seria?
Disse: - não...
Ah! Felizardos versos no fim da linha
Maria tentara fazer uma rima rica
Mas se esquessera de verificar
Que se esquessera é errado
E deixou de outra rima coroar

Não dera certo o atentado
O que faz não é errar
Mas se é o que tenta
Já era
Se vai em pranto
Aquarela
Tão pequeno verso
Se achava donzela
Maria
Mazela

Maria não gostava de ter que dizer tanto
Principalmente quando falava consigo mesma
"Pra que usar de tanta educação pra desfilar terceiras intenções?"
Mas se Maria não quer nem mais saber
Mas então qual Maria?
Maria queria a ridicularização
Era ciente de que esta viria de baixo
O que a vaidade quer
Terminaria com tudo
médio, não!
metade!
metade
parte

A não decisão do que nunca existiu
E o plágio de uma música que agente inventa
Maria fazendo coreografia
Pra quem tinha coragem de ouvir
Maria fazendo um mundo existir
E depois de ponta-cabeça
E poderia ferir
Maria que não precisou reescrever nada
Essa que adorava não ter que saber atirar
Maria só sentava e esperava
Ela já sabia que o telefone ia tocar
Ou ligaria...
A outra, a respiração ofegava, a raiva enrustia
E o poeta vizinho por falta de piadas melhores
Fazia-nos Maria
Maria nas entrelinhas
Maria por um dia
Maria por toda a vida
Vida-Maria, sem-graça, nem queria
E a Maria vai achar que é covardia
O fato é que eu já sabia
E Maria caiu! Maria a menina
Maria atendeu a campainha
Maria da primeira vez não entendeu
Maria respondeu ao chamado
Quando leu de novo achou que era usada
Maria disse que não e desligou
A terceira vez achou genialíssima, coisa de Maria
Maria foi pro espelho e se olhou
E na quarta vez percebeu
Que Maria, era ela mesma
Maria

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